segunda-feira, 19 de abril de 2010

Lisbela e o prisioneiro

TRABALHO SOBRE A INTERTEXTUALIDADE QUE O FILME APRESENTA:
A LISBELA E O PRISIONEIRO (assista ao trailer)

O filme Lisbela e o Prisioneiro, de Guel Arraes, é uma transposição para o cinema da peça homônima de Osman Lins, que Jorge Furtado, Pedro Cardoso e Guel Arraes transformaram em um especial de TV de 50 minutos. Com base no filme, respondam as seguintes questões:

Sinopse do filme:

O filme Lisbela e o Prisioneiro, de Guel Arraes, conta a história de uma moça romântica e fascinada por filmes de romance, que faz da sua vida real similar aos capítulos dessas histórias que ela acompanha no cinema. O enredo se passa num cenário nordestino, onde há pessoas pobres, sofridas e sonhadoras e também um “cabra-macho” matador que adora se vingar, matando aqueles que atrapalham seu caminho. Eis que surge nesse lugarejo, um belo rapaz aventureiro, de nome Leleu, conquistador e esperto, que arranja muitas confusões envolvendo os personagens da trama, conquista o coração de Lisbela, se apaixonam perdidamente, diante de muita realidade, fantasia e diversão.

No filme, é possível perceber a presença de diversos jogos intertextuais além de citações, referências e alusões. Discutam cinco aspectos intertextuais presentes no filme:

Encenação da peça A Paixão de Cristo, da Bíblia.
O personagem do filme virando um lobisomem de um livro ou de outro filme.
O filme com final feliz similar aos filmes norte-americanos.
A cena em que o touro invade o lugarejo como uma cena de rodeio e touradas na Espanha.
A oração feita na ora do casamento, feita com inversão de palavras.

Na obra de Guel Arraes, há diversos exemplos de dois recursos lingüísticos: polifonia e heterogeneidade enunciativa. A polifonia, segundo Mikhail Bakhtin, é a presença de outros textos dentro de um texto, causada pela inserção do autor num contexto que já inclui previamente textos anteriores que lhe inspiram ou influenciam. O outro fenômeno é a heterogeneidade enunciativa, que diz respeito à possibilidade do desdobramento das vozes no texto. Cite passagens no filme que exemplifiquem cada um desses fenômenos.

A polifonia é exemplificada no filme quando são recitados poemas de Camões e Vinícius. Isso acontece no circo, na apresentação da mulher que vira macaco.
A heterogeneidade enunciativa acontece nos momentos em que a personagem traz para sua vivência as tramas descritas nos filmes que ela assiste no cinema, com uma releitura adaptada a outros personagens. Isso acontece no momento em que o personagem principal enfrenta o touro no meio da praça.


Estabeleçam um diálogo intertextual entre o filme e outro objeto cultural externo à obra.

O filme Lisbela e o Prisioneiro faz uma intertextualidade com o filme O Alto da Compadecida.
No cenário: Lugar onde se passam as duas tramas são semelhantes, a região, a cultura, o clima.
Os personagens: A mocinha, em que nos dois filmes são filhas de pessoas importantes na cidade, vive uma história de amor que não é aceita pelo pai, porém não desistem de vivê-la.
O mocinho, em que nas duas tramas usam a esperteza e a arte da retórica para se darem bem, se rende ao encanto da mocinha.
O vilão, em que nas duas histórias são assassinos profissionais, que não tem misericórdia de suas vítimas e que sempre fazem uma oração depois que matam.
Dentre outras semelhanças, a linguagem, sotaque, homens da lei que não têm coragem, não dominam e não têm o respeito da população e do mesmo modo os atores das duas tramas que são quase os mesmo, até mesmo pela veia cômica que possuem e que a história exige.


Citem duas passagens do filme em que é possível fazer um diálogo intertextual com a publicidade.

É possível fazer um diálogo intertextual com a publicidade nos momentos em que o protagonista divulga o elixir garantindo a satisfação de quem compra. No marketing que Leleu faz ao anunciar a apresentação no circo, dizendo que “Mulher bonita não paga...”.


Cláudia Mendes, 1º período/Jornalismo
Alisson Almeida, 1º período/ Publicidade e Propaganda
Jussara Pereira, 1º período/ Publicidade e Propaganda
Tiago de Souza, 1º período/ Publicidade e Propaganda

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